Carlos Saltão, candidato à presidência da Junta de Freguesia Carcavelos e Parede, tem uma vida dedicada à cultura, deu voz a muitas histórias e é com esse percurso que quer agora assumir um novo papel: o de escutar as preocupações da comunidade, com atenção e coragem, e honrar o verdadeiro sentido do serviço público.

“Quem lidera a Junta tem de ouvir, estudar e resolver. E, quando não for possível, ajudar de forma persistente a encontrar soluções. Dizer, ‘isto não compete à Junta’ é desistir. ”

O que o motiva a ser candidato à presidência da Junta de Freguesia?
CS – Quando vim morar em Carcavelos, participei no Censos 2000 e percebi as assimetrias da freguesia, a pobreza escondida e a diversidade social, económica e cultural da população.
Desde cedo me comprometi a compreender e ajudar a resolver problemas. Como eleito na Assembleia de Freguesia, no meu primeiro mandato como autarca, levei muitos temas à discussão e defendi soluções para a comunidade.
Com a fusão com a Parede, os desafios duplicaram, com realidades diferentes e necessidades próprias. Carcavelos e Parede têm grande potencial e gentes de valor, cuja história merece ser honrada.

Quais são hoje os principais problemas e o que mudaria?
CS – A mobilidade é um problema central. Na Parede, a falta de estacionamento estrangula o trânsito e prejudica o comércio. Há erros no desenho de ruas e rotundas, feitos sem ouvir quem vive e circula aqui. As soluções têm de partir da realidade no terreno, não de gabinetes afastados. O comércio, embora popular e conhecedor dos seus clientes, precisa de apoio à modernização e à atratividade, sem se limitar à abertura de bares.

Quais são as três prioridades para os primeiros 100 dias?
CS – Tornar a gestão da Junta transparente e próxima. Reforçar a ligação aos fregueses e aos tutores de bairro, aumentar a intervenção social e apoiar o tecido produtivo, das pequenas empresas ao comércio local. Dar dignidade a mercados e feiras. Fazer um levantamento exaustivo do associativismo e dos seus projetos para reforçar o apoio e a colaboração.

Como quer envolver os moradores nas decisões?
CS – Quem lidera a Junta tem de ouvir, estudar e resolver. E, quando não for possível, ajudar de forma persistente a encontrar soluções. Dizer, “isto não compete à Junta” é desistir. Quero divulgar de forma contínua decisões e projetos, atualizar e melhorar o site da Junta, transmitir em direto as Assembleias e publicar atas. Incentivar a participação cívica com melhor divulgação e abordando temas concretos nos vários pontos das freguesias.

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